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Sequência didática |
Nesta sequência, será estimulada a imaginação dos alunos a partir da criação, do planejamento de ações e da adaptação de ideias previstas ao longo do processo de elaboração de esculturas sonoras.
Objetos de conhecimento |
Artes Visuais Contextos e práticas Materialidades Processos de criação Música Materialidades |
Competências específicas |
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada linguagem e nas suas articulações. 4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte. 5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística. 8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes. |
Habilidades |
Artes Visuais (EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc. (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.). (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais. (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais. Música (EF69AR21) Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de composição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais diversos. |
Objetivos de aprendizagem |
Conhecer as esculturas sonoras. Exercitar a imaginação, o planejamento de ações, a criação e a adaptação de ideias. Experimentar novas maneiras de apresentar o trabalho artístico. |
Conteúdos |
Escultura Sonoridades Elementos construtivos das Artes Visuais |
Projetor de imagens ou computador.
Máquina fotográfica ou celular com câmera.
Materiais para o desenvolvimento de esculturas sonoras, preferencialmente embalagens descartáveis.
Tesoura, cola, fita adesiva, barbante e demais elementos que sejam úteis para a construção de uma escultura sonora.
Quantidade de aulas: 4 aulas.
Ao iniciar a aula, apresentar uma breve biografia do artista e educador paulistano Adriano Castelo Branco (1980-), bem como algumas de suas obras, que misturam diversas linguagens – como a música, as artes visuais, a poesia, a instalação e a performance. Explicar aos alunos que, entre suas produções artísticas, predomina o uso de materiais reutilizáveis.
Para facilitar essa exposição, selecionar alguns vídeos e imagens disponíveis na página do artista (<http://www.adrianocastelobranco.com>, acesso em: 13 nov. 2018) e analisá-los com a turma ou, ainda, imprimir previamente algumas imagens presentes na página para conversar sobre elas com os alunos. Entre as produções híbridas de Adriano Castelo Branco, isto é, de diferentes linguagens, citar as esculturas lúdico-sonoras, a experimentação sonora, a intervenção sonora e as instalações interativas.
Em seguida, organizar a turma em um semicírculo e promover uma breve conversação, com o objetivo de avaliar o conhecimento prévio dos alunos e estimular a troca de ideias e opiniões relacionadas aos assuntos da aula. Para estimular o diálogo, propor algumas questões, partindo dos exemplos a seguir. Reservar 10 minutos para esta atividade.
1. Vocês já conheciam o trabalho do artista Adriano Castelo Branco ou já viram alguma produção artística que misturasse várias formas de expressão? Qual?
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos exponham seus conhecimentos e suas experiências pessoais, relacionando-os aos conteúdos abordados na aula.
2. Quais experiências sonoras vivenciamos diariamente?
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reflitam sobre as sonoridades diárias e como elas interferem (positiva ou negativamente) na rotina das pessoas.
3. Qual é a sua opinião a respeito das produções artísticas que misturam sons e outras linguagens?
Resposta pessoal. O objetivo dessa pergunta é incentivar o envolvimento dos alunos com a proposta por meio do diálogo e da troca de ideias e opiniões.
Para concluir a aula e enriquecer o conhecimento dos alunos sobre o assunto abordado nesta aula, solicitar uma pesquisa envolvendo o trabalho de outros artistas que, como Adriano Castelo Branco, também mesclam em suas obras linguagens diferenciadas. Entre eles estão Fernando Sardo (1963-), Vivian Caccuri (1986-), Amélia Toledo (1926-2017) e Paulo Nenflídio (1976-). Solicitar aos alunos que, em grupos, escolham um dos artistas e elaborem uma pesquisa, cujo resultado deverá ser apresentado na próxima aula. Essa pesquisa deverá conter, pelo menos, os seguintes elementos:
Breve biografia do artista.
Análise dos elementos constitutivos de algumas de suas obras, as quais deverão misturar várias linguagens, sendo uma delas, necessariamente, o som.
Apontamento das outras formas de expressão apresentadas nas obras.
Descrição dos materiais utilizados na confecção das obras.
Análise de como o som é produzido na obra.
Orientar os alunos acerca dos sites recomendáveis para a realização da pesquisa, como os dos próprios artistas (se houver). Além disso, solicitar que selecionem imagens das obras analisadas, para serem mostradas a todos da turma.
Iniciar a aula retomando a temática das esculturas sonoras. Solicitar à turma que se organize em um semicírculo, a fim de promover um debate sobre o tema e averiguar o resultado das pesquisas indicadas na aula anterior. Durante esta atividade, incentivar os alunos a falarem sobre suas pesquisas e sobre o que descobriram acerca dos artistas e de suas obras, orientando-os também a apresentar aos colegas as imagens selecionadas das produções artísticas.
Nesta aula, partir do conhecimento que os alunos adquiriram por meio das pesquisas, de maneira a ser o orientador e facilitador do processo de ensino-aprendizagem.
A análise poderá ser estimulada a partir da observação de vídeos e/ou imagens sobre esculturas sonoras. Estimular a análise dessas produções com perguntas que instiguem os alunos a refletirem sobre essas obras, atentando para o seu formato, as cores, o tipo de som produzido, os materiais utilizados, se é possível que o público interaja com essas obras ou não, entre outros aspectos. Por fim, instigá-los também a refletir sobre os materiais que desejam utilizar para a confecção de sua própria escultura sonora (de preferência embalagens descartáveis, além de objetos diversos que possam ser acoplados).
Antes de encerrar a aula, organizar a turma em grupos, a fim de que os alunos possam iniciar o planejamento de suas esculturas sonoras, que, como o nome indica, são, ao mesmo tempo, escultura, e possam ser usados para emitir som. Solicitar aos integrantes dos grupos que façam um levantamento dos materiais a serem utilizados para a confecção das esculturas sonoras e que os providenciem para a próxima aula. Orientar esta etapa circulando por entre os grupos, dando sugestões ou auxiliando os alunos a resolverem as dúvidas que eventualmente apresentem.
Ao iniciar esta aula, solicitar aos alunos que se reúnam em seus grupos (os mesmos da aula anterior) para dar início à confecção de sua escultura sonora. Se considerar que há necessidade de organizar o espaço da sala de aula, fazer isso previamente ou escolher outro espaço da escola em que a atividade possa ser realizada.
Auxiliar na construção das esculturas sonoras, partindo de um processo criativo, de adaptação de ideias coletivas e resolução de problemas. Para contribuir com o processo de avaliação, o professor pode realizar registros fotográficos da elaboração e construção das esculturas sonoras até o produto final.
Nesta aula, cada grupo deverá finalizar sua escultura sonora, apresentá-las aos demais colegas e conversar sobre os resultados de seu trabalho.
Verificar com os alunos e com a direção da escola a possibilidade de que seja montada uma exposição, para que essas esculturas sonoras sejam exibidas à comunidade escolar, ou propor aos grupos que saiam pelo espaço da escola mostrando e experimentando os seus trabalhos, com a participação dos colegas de outras classes. Desse modo, estarão interagindo e interferindo artisticamente (interferência sonora e visual) no ambiente escolar.
Realizar registros fotográficos e/ou de vídeos da ação pelo espaço escolar.
Verificar com a direção da escola a possibilidade de montar uma exposição para que essas esculturas sonoras sejam exibidas à comunidade escolar por um período predeterminado. Deve ficar claro a todos os alunos e funcionários que a exposição é interativa e, portanto, todos podem e devem ter acesso às esculturas, vivenciando a ação.
Explicar aos alunos que o conceito de hibridismo é um assunto frequente na arte contemporânea. De um modo geral, a arte híbrida trata-se da fusão de várias linguagens artísticas na produção de determinada obra. Nas produções de artistas da contemporaneidade predomina a utilização de diversas técnicas para executar a obra final. O hibridismo na arte destacou-se no século XIX e pode estar relacionado aos suportes, às técnicas, aos gêneros e às linguagens. Entre as principais linguagens híbridas, estão: cinema, videoarte, performance, happening e videoperformance (e/ou videocriatura). Apresentar aos alunos alguns exemplos dessas linguagens, para enriquecer seus conhecimentos.