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Sequência didática |
Nesta sequência, a temática abordada será acessibilidade. Será proposto para os alunos refletirem sobre o espaço escolar e o entorno em relação à acessibilidade, bem como a elaboração de uma proposta com alternativas arquitetônicas para melhorar a acessibilidade nesses locais.
Objetos de conhecimento |
Artes Visuais Processos de criação Artes Integradas Contextos e práticas Arte e tecnologia |
Competências específicas |
7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações artísticas. 8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes. |
Habilidades |
Artes Visuais (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais. Artes Integradas (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. (EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável. |
Objetivos de aprendizagem |
Criar, apresentar e fruir breves esboços arquitetônicos a partir das observações do espaço escolar e de seu entorno. Propiciar um novo olhar e despertar a percepção dos alunos para os problemas de mobilidades decorrentes da falta de um planejamento arquitetônico adequado, bem como pensar em soluções para esses problemas. Despertar nos alunos o desejo de colaborar para a construção de espaços acessíveis a todos, tornando, assim, a sociedade mais democrática e inclusiva. |
Conteúdos |
Desenho Diversidade Arquitetura Planejamento Experimentação de materialidades Processo de criação |
Aparelho para reprodução de imagem e som.
Cartolina branca ou folha de papel sulfite branca tamanho A3.
Material para desenho (lápis preto, borracha, régua, compasso, transferidos, lápis de cor, canetas hidrocor, entre outros).
Quantidade de aulas: 3 aulas.
Para iniciar a aula, organizar os alunos sentados em semicírculo. Em seguida, explicar-lhes um pouco sobre o tema desta sequência: arquitetura e acessibilidade.
Perguntar aos alunos se sabem o significado da palavra “acessibilidade”. Registrar na lousa as definições dadas pelos alunos. Após esse breve diagnóstico, perguntar a eles se acreditam que se deve investir em acessibilidade e por quê.
Em seguida, formar grupos e pedir que façam um passeio pela escola, observando todos os seus detalhes arquitetônicos: os banheiros, as salas de aula, os espaços da coordenação e da direção, o refeitório, os corredores, entre outros. Se possível realizar com eles um também um passeio pelo entorno escolar. Orientá-los a registrar por escrito suas impressões. Estipular um tempo para essa atividade e informar aos funcionários da escola que os alunos estarão circulando por ela. Ao retornar à sala de aula, pedir aos grupos que apresentem suas impressões. Organizar a conversa para que todos possam compartilhar suas respostas.
Após as apresentações dos grupos, instigar os alunos com algumas perguntas. Por exemplo:
1. Se você tivesse alguma deficiência física, você encontraria dificuldade em se locomover nos espaços da sua escola?
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos se coloquem no lugar do deficiente para responder a essa questão com sinceridade.
2. As calçadas pelas quais você circula são planejadas para que todas as pessoas possam andar tranquilamente?
Resposta pessoal. Espera-se, nesse caso, que os alunos reflitam sobre os espaços da cidade pelos quais costumam circular.
Com os alunos sentados em semicírculo, promover uma conversa reflexiva sobre acessibilidade. Iniciar mostrando a eles algumas imagens (se possível, também exibir vídeos) sobre acessibilidade e inclusão nas cidades, tendo como foco as dificuldades de acesso encontradas por deficientes, idosos, pessoas com carrinhos de bebê, entre outros. As imagens devem mostrar, por exemplo, cadeirantes tentando chegar a lugares sem rampa (apenas com escadas), atravessar a rua ou subir em ônibus; pessoas idosas tentando subir em um ônibus alto e sem adaptação; uma pessoa cega andando por uma calçada sem piso especial. Pedir a eles que pensem nessas pessoas circulando pelos espaços da escola e pelos arredores, os mesmos locais pelos quais eles circularam na aula anterior. Perguntar: Essas pessoas conseguiriam ir ao banheiro sem alguém que as guiasse, por exemplo?
Dar continuidade à aula projetando algumas imagens, escolhidas previamente, de plantas baixas e projetos arquitetônicos pensados para resolver a questão da acessibilidade. As imagens podem ser de espaços públicos, como ruas, calçadas e praças, e de espaços internos, como corredores, banheiros, entre outros. Um ponto é importante é lembrar que falar de acessibilidade não se refere apenas às soluções para cadeirantes ou pessoas com dificuldade de locomoção. Há outras situações em que as pessoas precisam de soluções diferenciadas para garantir sua mobilidade, por exemplo: para deficientes visuais, os pisos táteis e os semáforos com sinais sonoros; para pessoas idosas, corrimãos, rampas e barras de segurança em espaços como banheiros, além de uma superfície não escorregadia; entre outros. Essas imagens servirão de apoio para a execução da atividade proposta para a próxima aula. Solicitar aos alunos que se reúnam em grupos e façam um esboço de uma planta baixa, apresentando adequações nos espaços que visitaram e que apresentam problemas com a mobilidade. Esses esboços também servirão para a execução do projeto na próxima aula. Pedir aos alunos que pesquisem mais imagens de projetos e plantas baixas com recursos adequados de acessibilidade e providenciem, para a aula seguinte, cartolina e material para desenho (compasso, régua, lápis preto, lápis de cor, canetas hidrocor, entre outros).
Se houver possibilidade, apresentar aos alunos, nesta ou na próxima aula, o Manual de instruções técnicas de acessibilidades para apoio ao projeto arquitetônico, da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiências e Mobilidade Reduzida (SMPED)/Prefeitura da Cidade de São Paulo. Além de normas técnicas de edificação no âmbito da acessibilidade, o manual traz desenhos de plantas baixas e diretrizes para adaptação de espaços.
Solicitar aos alunos que se reúnam nos mesmos grupos e orientá-los a rever o esboço feito na aula anterior. Vale lembrar que os esboços poderão sofrer algumas alterações após eles terem pesquisado mais imagens. Com a cartolina e o material de desenho em mãos, os alunos deverão transformar o esboço em um projeto definitivo. Enquanto os grupos trabalham, oferecer auxílio em relação à execução do desenho e à utilização dos materiais.
Reservar um tempo para que os grupos expliquem seus projetos aos colegas. Deixar os projetos expostos em sala. Iniciar a aula pedindo a algum funcionário da escola e a alguém da coordenação que assista à aula, para que os alunos apresentem suas propostas de adequação dos espaços, cuja finalidade é facilitar o trânsito das pessoas com necessidade especial que circulam pelo espaço escolar. Após a apresentação dos projetos, propor uma roda de conversa para que todos relatem suas impressões sobre as propostas apresentadas.
Para trabalhar dúvidas
Cada aluno possui um tempo e uma maneira de compreender ou assimilar as discussões e os conteúdos propostos. Para deixar clara a conceituação da palavra “acessibilidade”, sugere-se apresentar aos alunos diferentes ilustrações, entre elas, alguns símbolos que representem acessibilidade, placas de estacionamento, pinturas nas vagas para estacionar, desenhos nos bancos dos ônibus, entre outros, bem como promover uma discussão sobre os significados das ilustrações e o uso de cada uma.
Sugere-se que os alunos pesquisem se na cidade ou no bairro onde moram há projetos de acessibilidade para serem implementados nos espaços públicos e privados. Pedir que registrem por escrito tudo o que descobrirem para apresentar e discutir com os colegas.