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Sequência didática |
Nesta sequência, será abordada a temática sobre os espaços que nos rodeiam. Será proposto para os alunos refletirem sobre o espaço escolar e o entorno. Eles elaborarão uma intervenção artística ou uma instalação utilizando materiais reaproveitáveis, a fim de causar um estranhamento e uma reflexão sobre o desperdício de materiais e o descarte indevido desses “lixos”.
Objetos de conhecimento |
Artes Visuais Contextos e práticas Materialidades Processos de criação Artes Integradas Contextos e práticas Processos de criação |
Competências específicas |
2. Compreender as relações entre as linguagens da arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada linguagem e nas suas articulações. 7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por meio de exercício, produções, intervenções e apresentações artísticas. 8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes. |
Habilidades |
Artes Visuais (EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.). (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais. (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais. Artes Integradas (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. (EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. |
Objetivos de aprendizagem |
Experimentar a arte como intervenção urbana no espaço escolar. Construir uma narrativa destinada a intervenções e/ou instalações artísticas a partir de questões levantadas pelos próprios participantes. |
Conteúdos |
Instalação Intervenção artística Desenho Planejamento Experimentação de materialidades Processo de criação |
Aparelho para reprodução de imagem.
Cartolina, papel kraft ou papelão.
Lápis preto; lápis e canetas hidrocor de várias cores.
Tinta guache de várias cores.
Pincéis.
Copos para água e retalhos de tecido para limpar os pincéis.
Fita adesiva.
Sucatas em geral.
Quantidade de aulas: 4 aulas.
Iniciar a aula solicitando aos alunos que caminhem pelos espaços internos da escola e, se possível, pela parte externa, observando os lixos não orgânicos que são jogados tanto nas lixeiras quanto no chão. É importante que registrem no Diário de Arte os tipos de lixo encontrados e os locais em que foram depositados. (Não se esquecer de comunicar a coordenação e os funcionários da escola sobre a atividade, para que os alunos possam andar por todos os espaços. Para circular pelos arredores, não deixar de acompanhá-los.) Estipular um tempo de aproximadamente 20 minutos para esta etapa da atividade.
Ao retornarem para a sala de aula, formar um semicírculo e pedir que relatem tudo o que registraram no Diário de Arte. Enquanto os alunos falam, anotar na lousa os pontos principais, para, ao final da conversa, estabelecer as conclusões sobre as percepções de cada aluno.
Manaswi Patil/Shutterstock.com
Escultura de boneca feita com vasos velhos e material descartável.
Iniciar a aula apresentando aos alunos imagens de intervenções urbanas e instalações feitas pelo ser humano em ambientes naturais que exploram a questão do lixo e de desastres ambientais no decorrer da história, bem como imagens de intervenções e instalações na paisagem urbana.
Retomar com os alunos a conversa da aula anterior sobre os materiais (orgânicos e não orgânicos) descartados, na escola e ao redor dela, tanto de modo adequado quanto inadequado, seja no lixo, seja no chão. Pedir a eles que pensem em um modo de usar esse lixo, a fim de conscientizar as pessoas sobre o descarte inadequado de lixo e os impactos que isso causa ao meio ambiente. Sugerir que elaborem uma intervenção artística ou uma instalação na escola para causar uma reflexão por parte dos observadores.
Ton Kung/Shutterstock.com
Escultura de peixe feita em praia da Dinamarca com lixo encontrado no mar.
Em uma roda de conversa com a turma, fazer algumas perguntas para que os alunos reflitam sobre a atividade e depois se reúnam em grupos de trabalho.
O que vocês entendem por reaproveitamento de materiais?
Qual a diferença entre lixo orgânico e lixo não orgânico?
Vocês acreditam que uma intervenção artística ou uma instalação no meio ambiente pode trazer uma mudança de comportamento do ser humano? Por quê?
Para finalizar a aula, pedir aos alunos que pesquisem em casa alguns tipos de intervenções e instalações possíveis e registrem suas descobertas no Diário de Arte, para apresentar na próxima aula.
Em grupos, pedir para discutirem as pesquisas feitas e registradas no Diário de Arte sobre as intervenções artísticas e as instalações. Conversar com os alunos sobre qual a melhor forma de realizar essas intervenções ou instalações e como colocar em prática a ideia mais propícia para o local (escola), a fim de que cause o impacto esperado nas pessoas que observarão.
Orientá-los a fazer um esboço da instalação ou da intervenção no papel e discutir sobre a proposta, para verificar a viabilidade da execução e fazer ajustes, caso necessário. Em seguida, passar a ideia para a cartolina, o papel kraft ou outro tipo de papel ou papelão com boa dimensão, para que haja melhor visualização de como ficará a intervenção ou a instalação. É importante que fique grande e bem visível, a fim de que todos os alunos possam observar e opinar.
Após todos os grupos apresentarem suas propostas, fazer uma roda de conversa e verificar com a turma qual é a proposta mais viável para realização, o que pode ser feito com uma votação.
Escolhida a proposta, verificar com os alunos quais os materiais necessários para executar a atividade e solicitar que os providenciem para a próxima aula, para a montagem da intervenção ou da instalação.
O professor terá de ser mediador nesse processo, para que a turma consiga realizar esta atividade. É necessário conversar com a coordenação da escola para disponibilizar o espaço escolhido pelos alunos e os materiais extras para eventuais necessidades.
MasterPhoto/Shutterstock.com
Escultura de elefante feita com garrafas PET.
Reunir a turma e caminhar para o espaço determinado para a montagem da instalação ou da intervenção artística, com todo o material que será usado. É importante lembrar que essa obra permanecerá no local escolhido durante pelo menos uma semana, para que toda a comunidade escolar possa apreciar. Durante esse período, os alunos se revezarão no local para registrar as impressões causadas no público. Depois, registrarão em seu Diário de Arte, para não se esquecerem da importância de ações como essa para transformar o olhar do outro.
Para trabalhar dúvidas
Nesta sequência didática, tivemos como referência e produto final uma instalação ou uma intervenção urbana. Por isso, a sugestão é que sejam feitas algumas atividades rápidas que deixem bem claro o que vem a ser uma intervenção urbana e uma instalação. Propõe-se que sejam feitas algumas perguntas aos alunos sobre o que eles entendem por instalação e intervenção urbana, e, em seguida, sejam mostradas imagens de artistas de rua que contemplem esse tipo de trabalho, como grafiteiros. Comentar também sobre o caráter de denúncia de algumas obras contra a poluição, a violência etc.
Trabalhar alguns exemplos de artistas contemporâneos que fazem intervenções urbanas, como Eduardo Srur, Filthy Luker, Joe Lurato, Daan Botlek e Oakoak.